Origem do sobrenome

No ano de 476, com a queda do Império Romano, os antepassados da família Cella se encontravam sob o poder do guerreiro germano Odroaco. Antes de finalizar o século V, Odoacro foi substituído por Teodoro, chefe dos ostrogodos. Tendo sido educado em Constantinopla, Teodoro dava grande valorização à civilização romana, e no período em que presidiu, foi descrito como um “Verdadeiro Índio” para os romanos. Depois de sua morte, sobreviveram os tumultos, o que foi aproveitado pelo imperador Bizantino Justiniano para apoderar-se da Itália, abatendo e oprimindo a península em décadas de guerra. O controle da Itália pelos bárbaros germânicos começou no ano de 476 d.C. com Odoacro, não foi senão até a conquista lombarda no século VI, que a cultura e os costumes teutônicos começaram a influenciar a sociedade italiana, incluindo os antepassados da Família Cella, como dever na proliferação de nomes próprios germânicos.

O grande historiador suíço do Renascimento, Jacob Buckhardt, declara que a desordem política que sofreram os italianos depois da derrubada do Império Romano não diminuiu sua criatividade artística, nem seu dinamismo econômico. A Itália estava acostumada a ser o eixo comercial e cultural da Europa Ocidental, desde o século XIII até o século XVI. A Itália foi o berço de figuras como Dante, Boccaccio, Da Vinci, Michelangelo, Scarlatti e Vivaldi, os quais ajudaram a definir a civilização Ocidental. A eventual unificação da Itália que foi conseguida somente em 1870, foi produto de um movimento conhecido como “Risurgimento”, conduzido pelos piemonteses, embaixo da casa de Saboya, que mais tarde chegou a ser a família reinante na Itália e a quem na verdade a família Cella, prestou lealdade.

Apesar de hoje em dia a grande maioria da população falar o italiano, porém usando também  dialetos regionais, ainda se encontram dentro do país publicações distintas, tais como gregas, albanesas, eslavos, alemães, catalães e friulanas (Friuli – Nordeste da Itália). Todas as quais tem sua própria linguagem, cultura e na verdade nomenclatura. Portanto, a família Cella, tem gozado através dos séculos de uma vida em um país enriquecido pela diversidade de idiomas e culturas. A imigração de milhões de italianos para a América do Norte de do Sul, trouxe como conseqüência a difusão da cultura italiana, sua cozinha e na verdade a proliferação de seus sobrenomes em ditos lugares.

O sobrenome italiano Cella é toponímico, ou seja, designa o local de origem. Assim, Cella indicava que a pessoa nasceu ou teve sua residência em um dos vários lugares designados por Cella no território italiano, exemplos: Cella Dati, em Cremona; Cella Monte, em Alexandria; ou um dos pequenos lugares assim chamados, situados na província de Udine.

Uma antiga referência a este sobrenome, sita o nascimento de Corona Cella em Cesiomaggiore (Belluno), em 06 de abril de 1792; era filha de Domenico Cella. Em outro documento se registra o nome Giacomo della Cella, filho de Michele della Cella e Angela Macchiavello, que nasceu na antiga cidade de Genova, no ano de 1820. Em Colorno (Parma), em 18 de julho e1876, nasceu Fernando José Cella, filho de Giuseppe Cella e de Prudenza Vighi. Uma família de sobrenome Cella, originária de Cesena, se estabeleceu em Velletri e à mesma foram outorgadas as armas descritas abaixo. Entre os personagens célebres que tem levado o sobrenome cabe destacar, o pintor, poeta e filósofo italiano do final do século XVII, Scipione Cella.

Sob o sistema de nomenclatura romana, o distinguido fundador da linhagem dos Cella, estava provavelmente composto de três partes: seu nome próprio, o nome da linhagem a qual pertencia e um sobrenome com o qual distinguia sua família dos outros de mesma linhagem. Com a queda do Império Romano no século IV, se acostumou a usar somente o nome próprio e o sobrenome, omitindo o nome da linhagem na maioria dos casos. As tribos germânicas que ocupavam a Itália naquele tempo, favoreciam o uso somente do nome próprio, e a família Cella, junto com outras, abandonaram seus tradicionais nomes romanos para seguir o uso daqueles empregados por seus novos governantes. Durante a Idade Média, quando os sobrenomes italianos começaram a se estabelecer, tais como o  da sobressalente família Cella, ao mesmo tempo as tradições heráldicas italianas começaram a tomar forma. Uma destas tradições foi a de por no escudo uma figura alusiva a um evento histórico. Por exemplo, aqueles membros da família Cella , que assistiram a “disputa” entre os Guelfos e os Guibelinos colocavam uma faixa no estilo Guelfo ou Guibelino indicando o partido que apoiavam. Portanto, os membros da família Cella, não só levam um nome distinto, mas também um nome que representa a história, a coragem e o louros daqueles que orgulhosamente os tiveram as gerações passadas.

BRASÃO DE ARMAS: Em campo azul, uma casa ao natural, sulmontada de uma estrela dourada.
Interpretação – o azul simboliza a Lealdade e a Verdade, e o dourado, Generosidade.
TIMBRE: uma águia estendida (exployada) de sabre, coroada de ouro.
ORIGEM: Itália.

Fonte; The Historical Research Center.
22 de agosto de 2003.

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